Há quase 20 anos, iniciávamos, no Brasil, uma nova fase de tecnologia no trânsito, com a introdução de equipamentos eletrônicos no monitoramento. Foi um trabalho de grande destaque das empresas, que se dedicaram com afinco no desenvolvimento de tecnologias e, principalmente, na implantação desse sistema.

 Quase duas décadas depois, com o setor muito mais consolidado, damos um novo passo e reforçamos nosso crescimento constante, com a fusão das duas principais associações do setor no país. Abetrans e Abramcet, juntas, deram origem à Associação Brasileira das Empresas de Engenharia de Trânsito (Abeetrans), e criaram uma entidade de classe muito mais representativa em todas as esferas do setor público e, principalmente, junto à sociedade.

 Aproveitamos um bom momento para lançar a Abeetrans durante a TranspoQuip Latin América, excelente oportunidade de troca de experiências com um público altamente especializado e focado em infraestrutura. É importante lembrar que, nesse segmento, o monitoramento e a sinalização, sozinhos, não são responsáveis pela evolução do trânsito. Precisamos direcionar nossos esforços em temas como cidadania e educação, se realmente quisermos fazer a diferença quando se fala em segurança do trânsito.

 Nesse cenário, já conseguimos grandes resultados ao longo dos últimos dez anos. O mais importante, em minha opinião – e que vem bastante respaldado pela opinião pública –, é o foco em segurança. Então, temos, cada vez mais, de contribuir e incentivar esse debate. Abramcet e Abetrans fizeram isso muito bem.

 Neste novo momento, em que nos consolidamos como uma única associação, temos um patamar muito mais elevado para continuar o trabalho. O grande desafio, a partir de agora, é dentro do Congresso Nacional, em especial, atuar junto às comissões de Transporte e Legislação para poder melhorar a questão da legislação de trânsito no Brasil.

 As perspectivas são muito positivas, já que contamos com uma representatividade muito maior. Ressalto que, hoje, o debate sobre o transito não está limitado à questão da vida, acidentes ou números. Além dos dramas humanos, que são de suma relevância, os acidentes levantam outro ponto fundamental: o alto custo, que impacta diretamente a economia do país. O debate está aberto e a Abeetrans se posiciona como uma associação que pretende ser referência para todo o setor.

Sílvio Médici

Presidente-Executivo da Abeetrans