Sempre que lemos ou ouvimos informações sobre mortes causadas pelo trânsito brasileiro, as fontes são as estatísticas oficiais, que, como sabemos, primam pela falta de confiabilidade.

Assim, omitimos informações mais precisas que poderiam chamar a atenção das autoridades e da sociedade em geral, sobre o genocídio que acontece nas ruas e estradas brasileiras.

O noticiário, em geral, quando trata o assunto indica que as mortes no trânsito brasileiro são por volta 35 mil por ano. No entanto, a realidade é muito mais grave. Conforme dados da Seguradora Líder, pool de seguradoras que gerencia o DPVAT (Seguro Obrigatório de Danos Pessoais Causados por Veículos Automotores de Via Terrestre) os números são muito diferentes.

No ano passado, de janeiro a dezembro, foram pagos 57.116 seguros, portanto, são 57.116 mortes e não 35 mil como informam por aí. Além disso, foram pagas 89.474 indenizações por invalidez e 125.413 por atendimento médico hospitalar, que geram custo na ordem de R$ 1,5 bilhão.

Não vou me alongar na análise dessa contabilidade sinistra que atinge a toda sociedade, mas fico na esperança que esses números sejam adotados pela grande imprensa, para, quem sabe, chamar a atenção da sociedade para esse gravíssimo problema que ainda não teve a devida atenção dos governos que se sucedem. Não podemos pensar em ser um país civilizado com números dessa magnitude.