A diretoria da ABEETRANS se reuniu nessa semana com o diretor geral do DNIT (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes), Fabrício Queiroz em Brasília-DF, com a finalidade estreitar a relação entre o setor, que sempre apoiou os programas desenvolvidos naquele órgão, bem como atualizar as informações sobre o andamento de importantes programas nacionais para as rodovias como o BR-LEGAL 2 e o novo PNCV (Plano Nacional de Controle de Velocidade).

No encontro, estiveram presentes pela ABEETRANS, o presidente executivo, Silvio Médici, o presidente do conselho, Moisés Moraes, o diretor de sinalização e serviços, Rodrigo Martire e o diretor financeiro, Gilberto Cunha. 

Após seguidos anos de baixos investimentos na manutenção das rodovias federais, o atual governo retoma com muita energia ambos os programas que, em sua primeira fase na década passada, mostraram muita efetividade na melhoria da qualidade e na segurança das rodovias em todo o território nacional.

Segundo Médici, a importância desses programas pode ser medida pelos relatórios da CNT (Confederação Nacional dos Transportes), intitulados Pesquisa CNT Rodovias, que mostram a crescente piora das rodovias federais nos últimos anos. O resultado da 25ª edição da Pesquisa CNT de Rodovias aponta que o estado geral da malha rodoviária brasileira piorou em 2022. Dos 110.333 quilômetros avaliados, 66% foram classificados como regular, ruim ou péssimo pelos usuários. Em 2021, esse percentual era de 61,8%. 

“Essa situação será revertida nos próximos anos com os investimentos previstos pelo Governo Federal”, afirma Médici. Ele cita como exemplo o Programa BR Legal 1, que trouxe uma importante melhoria nas rodovias federais e que se traduziram em resultados econômicos significativos com retorno do investimento. Em estudos realizados pela ABEETRANS, com dados do IPEA, PRF e DNIT e o apoio da revista Rodovias & Vias, para cada R$ 1,00 investido naquele programa, houve uma economia de R$ 5,76 com a redução dos sinistros com mortes, lesões, perdas materiais e de produtividade.

O mesmo efeito positivo dos investimentos observa-se no programa PNCV que, no governo passado, sofreu uma grave paralização e um profundo corte nas faixas controladas, com aumento dos sinistros fatais. Segundo dados compilados entre os anos de 2007 e 2011, ou seja, antes da fiscalização eletrônica e após a fiscalização (entre 2011 e 2018), houve significativa redução de sinistros envolvendo vítimas fatais de aproximadamente de 40% no número total registrado. “São números expressivos e que mostram o acerto do atual governo na retomada dos investimentos da infraestrutura rodoviária brasileira”, afirma o presidente executivo da ABEETRANS.

Estes dados e informações foram levados ao diretor geral do DNIT, bem como o compromisso do setor em se preparar para o atendimento da grande demanda prevista para os próximos anos, não só nas rodovias administradas pelo DNIT, como também nas rodovias concedidas que tem previsão de grandes investimentos.